Revista universal Lisbonense, Volume 8

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Imprensa Nacional, 1849
 

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Popular passages

Page 151 - Nascéra-me dentro d'alma Um mais forte e puro amor , Que a todos levava a palma , Que tinha maior valor. Eram cantos decorados Dos altos feitos , marcados Com o cunho portuguez ; Eram as Quinas erguidas Nas arestas denegridas De Ceylão , Ormuz e Fez! De novo voltei á vida ; Saudei o luso pendão N'uma lagrima nascida Do fundo do cc ração!
Page 333 - Floreça, fale, cante, ouça-se, e viva A Portuguesa lingua, e já onde for Senhora vá de si soberba, e altiva. Se téqui esteve baixa, e sem louvor, Culpa é dos que a mal exercitaram: Esquecimento nosso, e desamor.
Page 126 - Took once a pliant hour, and found good means To draw from her a prayer of earnest heart That I would all my pilgrimage dilate, Whereof by parcels, she had something heard, But not intentively. I did consent; And often did beguile her of her tears, When I did speak of some distressful stroke That my youth suffer'd. My story being done, She gave me for my pains a world of sighs. She swore, in faith, 'twas strange, 'twas passing strange; 'Twas pitiful, 'twas wondrous pitiful; She wish'd she had not...
Page 187 - Só na guerra se matam saudades, Só na guerra se sente o viver ; Só na guerra se acabam vaidades, Só na guerra não custa o morrer.
Page 151 - N'uma lagrima nascida Do fundo do coração '. Chorei o tempo perdido N'esse amor estremecido, Que me fora tão cruel ; Chorei antigos delictos, Como outr'ora esses proscriptos Sobre a terra d' Israel ! Chorei o ter-me esquecido De tudo o que Deus mandou, Que fosse no mundo tido Como Elle o ensinou ! Chorei sobre a Liberdade, Que nos braços da beldade Por pouco que não morreu •, Chorei tudo, chorei tanto, Que pude com o meu pranto Lavar o delicto meu. Desde então a minha terra Foi s<5 tudo para...
Page 186 - Ai! que vida que passa na terra Quem não ouve o rufar do tambor, Quem não canta na força da guerra: Ai amor, ai* amor, ai amor! Quem a vida quizer verdadeira É fazer-se uma vez vivandeira.
Page 414 - ... que á prima vista se colhe. Este ar de familia enganou os estrangeiros, que sem mais profundar, decidiram logo, que o Portuguez não era lingua propria.
Page 116 - Quizera que vos o visseis, (Como eu o vi tanta vez) Quando as bailas se cruzavam, Recrescer-lhe a impavidez. Não sei isto por que seja, Todos lhe tinham inveja! Eram sem conta as medalhas, Todas ganhas em acção, Como nem sempre se viam Brilhar nas fardas d'então: As que ao peito lhe pendiam Nem todos lá as mer'ciam. Por isso invejas, ciumes, Dos que não podem valer, O levarem sem justiça Tão triste morte a morrer.
Page 32 - Minha Presença. — José de Seabra da Silva, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, o tenha assim entendido e faça executar, expedindo este por cópia às partes a que tocar. — Palácio de Queluz, 15 de julho de 1799.
Page 44 - Não deve temer ninguem. Não deve. Que do nascente, Segundo crê muita gente, Virá vindo a cerração: E depois della desfeita Surgirá a velha seita D'el-rei Dom Sebastião! E depois, por muitos annos, Viverá o bom rei; Ensinando a nós profanos A crermos na sua lei.

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